9 de fevereiro de 2011

14ª Etapa Expedição América do sul

Reta final!
Saímos de Asuncion direto ao Brasil, durante a viagem passamos por várias cidades paraguaias, uma verdadeira terra sem leis. Muitos motoqueiros sem capacete, racha no meio das estradas, motoristas sem cinto de segurança e um transito caótico.
Nossa imigração na famosa ponte da amizade foi uma bagunça, era domingo final de tarde e não havia policiais paraguaios e nem brasileiros na ponte. Paramos e fomos atrás de alguém para carimbar nossos passaportes e liberar o carro.
Ufa! Chegamos à Foz do Iguaçu, BRASIL!!!!
Ficamos 3 dias em Foz, fizemos algumas comprinhas básicas no Paraguai e encerramos nossa expedição com um passeio nas Cataratas do Iguaçu.
Nossa viagem de Foz a Floripa foi um “pulinho”, afinal, após rodarmos mais de 20.000km e passar por 7 países nada mais nos assusta.
A emoção e alegria e bastante grande, estamos de volta à nossa casa são e salvos.
Agradecemos a todos que torceram, rezaram ou ajudaram na realização de nossa expedição.
Agradecemos em especial a Deus, aos amigos, familiares, parceiros e patrocinadores.
Aguardem nosso documentário.
Ate à próxima!!










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3 de fevereiro de 2011

13ª Etapa Expedição América do sul

La Paz nos mostrou bastante do que é realmente a Bolívia, manifestações políticas nas ruas, polícia por todos os lados e um verdadeiro caos no trânsito.
Voltamos à estrada, nossa meta agora é chegar ao Brasil!
Saímos de La Paz em direção a uma cidade chamada Potosi  534km ao sul da Bolívia. A viagem foi linda, muitas montanhas, sítios arqueológicos, ruínas do povo andino, pueblos isolados, carneiros, alpacas e rios.
Potosi é uma cidade bastante pobre, antiga e com um trânsito bem complicado. De lá botamos o pé na estrada para o trecho mais desafiador, cruzar  as montanhas bolivianas em meio a mata fechada por estradas de barro e trilhas Off- Road.
A viagem foi muito desgastante, 36h  subindo e descendo montanhas, passando por dentro de rios, pegando desvios por dentro de fazendas particulares, passando pelas propriedades do gasoduto Bolívia – Brasil e penhascos que às vezes nem um carro passava.
Assim foi marcada nossa despedida da Bolivia, uma verdadeira aventura!
Pegamos o asfalto ainda em território boliviano, mas eram apenas 195km...hehehe!
 Mais uma surpresa, ao sairmos da estrada principal para ir à fronteira do Paraguai (ruta 11), nos deparamos com várias barreiras feitas por grandes arvores, mesmo achando estranho fomos passando até onde era possível. Foi ai que chegamos a uma barreira total, tivemos que voltar tudo até o asfalto novamente e pedir ajuda.
Neste momento haviam duas possibilidades, uma era voltar pela Argentina e a outra um caminho por dentro das fazendas bolivianas e paraguaias, que segundo o nosso “guia” era a antiga estrada e estava sendo usada como desvio.
Pensamos muito e tocamos por dentro das fazendas (trilhas e Off- Road). No meio desta estrada maluca estavam às barreiras policias e aduanas, parecia um filme de terror. Nas primeiras barreiras foi tudo tranqüilo, como sempre educados e após fazerem todos os tramites pediam uma “ajudinha” financeira, pois estavam isolados no meio da mata. Agora restava apenas a fronteira final, rodamos por mais ou menos 200km em território de ninguém, já havíamos saído da Bolívia e nada da fronteira paraguaia, apenas fazendas, trilhas, estradas de terra e lama.
Chegamos ao asfalto e logo em seguida a primeira barreira policial paraguaia, como sempre, geral no carro, nos documentos e alguns presentinhos para ajudar os pobres policiais.
Dali para frente seriam apenas 120km (ruta 9) de asfalto até a aduana paraguaia. Tocamos viagem e após rodarmos 10km a estrada acabou, eram muitos buracos onde alguns cabiam rodas e até carros inteiros. Tivemos que rodar esse trajeto a 30km/h, só haviam fazendas e alguns doidos indo do nada para lugar nenhum.
De repente vimos uma plaquinha escrita a mão  aduana, parecia brincadeira, mas essa era a indicação da fronteira paraguaia. Tivemos que sair voluntariamente da estrada e fazer a imigração, o responsável estava em uma roda de viola, quando nos avistou trocou a roupa e fez nossa entrada no pais.
Parecia um milagre, após o posto da aduana a estrada voltou a ficar trafegável. Rodamos mais 7h até Asuncion, apenas fazendas e dois pedágios fantasmas.
Quase chegando em Assuncion havia um pedágio funcionando, pagamos e logo em seguida fomos parados pela polícia. Pediram todos os docs, revistaram todo o carro e começaram a nos apertar, pediram vinho e alfajores. Após sermos assaltados pelos corruptos policias chegamos com um belo por do sol no rio Paraguai.
Assuncion e uma mega cidade, muitos prédios antigos e o belo visual do rio ao fundo.
Nossa missão agora é atravessar a ponte da amizade com o Caverão lotado, vamos reorganizar as coisas para dar apenas vinhos e alfajores mais simples de propina.





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27 de janeiro de 2011

12ª Etapa Expedição América do sul

Após viajarmos pelas lindas estradas peruanas com praias, sol, chuva e neve chegamos a Bolívia.
A fronteira de Desaguadero é realmente assustadora, uma verdadeira miséria onde de um lado ficam os tramites peruanos e do outro os bolivianos. As pessoas entram e saem livremente na fronteira, inclusive nós, pois para tirar xerox dos documentos eu fui até a Bolívia a pé e voltei.
No lado Peruano precisamos passar em três órgãos distintos (imigração de pessoas, imigração do carro e municipalidade). Nossos documentos estavam todos corretos, porém o policial peruano nos solicitou uma taxa de seguro que não existe no valor de 100 soles. Para não haver maiores problemas pagamos, pegamos os carimbos necessários e passamos para o outro lado.
No lado boliviano realizamos os tramites de pessoas e do carro (fundamental, pois muitas pessoas perdem seus carros 1km à frente em uma barreira policial por não fazer a declaração de veículo).
Não pagamos nada e fomos liberados. Durante todo o tempo que ficamos nas fronteiras nenhum carro passou, apenas milhares de pessoas cruzando de um lado para o outro sem nenhum controle.
Existem apenas duas pessoas que fazem o controle da fronteira do lado boliviano, na hora que chegamos uma delas estava na hora do almoço e enquanto a policial fazia nossa papelada milhares de pessoas passavam correndo com bicicletas e carrinhos lotados de contrabando.
Tudo certo pegamos a estrada e de repente, uma barreira. Esse é o lugar que vimos vários relatos de brasileiros que perderam seus carros. Se você não tiver o doc de entrada de veículo na Bolívia eles apreendem seu carro e depois vendem com os dados alterados. O consulado nos informou disso e falou que se não pegássemos esse doc perderíamos o carro logo após a fronteira e nada poderia ser feito, pois estaríamos ilegais nos país. Como estávamos com todos os docs corretos a policia nos liberou e pediu apenas uma “contribuição” para a equipe de futebol dos policiais bolivianos.
Continuamos a caminho de La Paz , mais ou menos 3km para frente a polícia do exército nos parou, neste o negócio era o controle de contrabando, fomos salvos por três fatores, um o nosso carro ser lacrado na película e eles nem viram que estávamos atolados de coisas nos bancos de trás, a segunda porque um dos soldados xingou o outro falando: São Brasileiros vindos do Peru seu….não tem nada! E a terceira com certeza foi por Deus que sempre vem nos iluminando e abrindo nossos caminhos.
Mais a frente paramos no primeiro pedágio boliviano, neste o controle era realizado pela policia, nos cobraram primeiro 7 bolivianos, depois 7,50 e no final saiu por 8.
Seguimos viagem com um belo visual das montanhas nevadas e muito verde. Nossa entrada em La Paz foi um pouquinho conturbada, pois erramos o caminho e fomos direto à Alto La Paz, uma imensa pobreza e transito caótico.
Caminho certo chegamos a La Paz! Lindos prédios, uma mega cidade. Optamos por dormir em uma cidade próxima, linda e pelo que observamos muito rica.
Vamos passar alguns dias aqui e depois continuar cruzando a Bolívia ate o Paraguai.







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25 de janeiro de 2011

11ª Etapa Expedição América do sul

Ufa! Estamos no Peru!
Apesar de ser lenta e com uma burocracia chatinha para entrar com nosso carro passamos tranqüilos pela aduana peruana. Nossa idéia inicial era viajar apenas o extremo sul dos país para chegar até a fronteira de Desaguadero na Bolivia.
Como sempre resolvemos esticar mais alguns km, pegamos a estrada Costaneira até Arequipa. Durante a viagem não passamos por nenhum carro a não ser os que estavam trabalhando na construção da estrada. Foram muitas curvas, penhascos, estrada de terra, pedras e um visual alucinante do Pacifico azulão.
Muitas histórias, entre elas um senhor deficiente físico que com ajuda de uma carona nos alcançou e contou seu estilo de vida e seus objetivos de salvar o deserto. Muito doido e lindo! Eles vivem como as civilizações Incas, no meio do deserto. Foi tudo gravado e estará no DVD, Vida Ativa Expedição America do Sul.
Após tudo isso chegamos à Arequipa, uma cidade grande, muitos turistas e um dos monastérios mais antigo do mundo. coberta de neve. Como não sabia que ali nevava, perguntei ao senhor e ele me respondeu: Alem Durante nosso passeio resolvi comprar uma caneca de lembrança, nela havia uma foto da cidade e uma montanha de nevar nessa região esta nevando na montanha neste momento. Foi uma grande surpresa, pois era exatamente nosso caminho até Puno.
Pegamos a estrada, muita chuva, neblina, acidentes, não dava para ver nada. Entre uma curva e outra a neblina sumiu, o forte frio tomou conta e de um momento para outro nos deparamos com uma nevasca! Muito emocionante! Estava começando, a estrada ficando branca, nosso para brisa quebrando o gelo e um belo visual a quase 5000m acima do nível do mar.
Enfim, são esses momentos que pagam qualquer aventura. Continuamos a descer, a neve parou e dormimos em Puno. Até o momento não pagamos propina a nenhuma policia, não sofremos nenhuma pressão de assaltantes e está tudo correndo bem.
Nossa estratégia de buscar informações quentes em órgãos competentes está ajudando muito, pois os blogs que pesquisamos apavoravam muito sobre segurança, infra estrutura, corrupção das policias e as péssimas condições das estradas.
Vamos agora viajando pelo Peru até a cidade de Desaguadero, de lá entramos na Bolivia.
Ate a próxima!





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23 de janeiro de 2011

10ª Etapa Expedição América do sul

Poucos quilômetros longe das dunas, buracos e montanhas em direção a Arica o Caverão começou com um forte barulho na suspensão, assim que foi possível paramos em um posto para levantar o carro e verificar, era tarde da noite, frio, no meio do nada e nós na luta atrás do problema. Após fazer uma boa revisão em toda suspensão achamos o pequeno problema..hehehe...nosso amortecedor traseiro esquerdo estava a menos de meia volta de rosca para cair. Descoberto o problema, realizamos o concerto e já aproveitamos a rampa para reaperar outras partes da suspensão e pecas que estavam soltando devido ao esforço dos últimos dias.
Nossa viagem até Arica foi marcada por curvas muito perigosas em desfiladeiros e uma descida sem interrupção de 756km, uma loucura! Como ir de Floripa a São Paulo descendo uma serra sem parar.
Aqui é tudo muito lindo, o lugar lembra em alguns momentos a Califórnia, com seus belos coqueiros espalhados pelas praias, areia mais clara, píer de pesca, montanhas de várias cores, uma ótima infra estrutura e claro, uma das melhores ondas do mundo.

Daqui partimos para a reta final, mais ou menos 6000km, nosso roteiro de retorno será  Peru  - Bolívia – Paraguai – Brasil.
Pedimos desculpas pelos possíveis erros de português e escrita, pois o cansaço já está bastante grande e a prioridade agora é vencer os desafios das estradas e lugares por onde estamos passando.
A infra estrutura destes próximos países ainda é bastante precária, desta forma não sabemos quando teremos acesso à internet.
Rezem por nos!
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19 de janeiro de 2011

9ª Etapa Expedição América do sul

Após rodarmos 1730km no deserto chegamos à São Pedro de Atacama, um dos lugares mais remotos e doidos do mundo.
Nossa viagem foi marcada por lindas paisagens costeando o mar, vendo o sol se por de um lado e a lua cheia nascer do outro. Mas nem tudo foi lindo! Próximo às 3h da manha já no Deserto do Atacama nossa pneu (que era zero) explodiu, com um pouco de cautela conseguimos parar o carro em segurança e substituir a roda. Era muito frio, exatamente no meio do nada indo para o nada.
Fomos também pegos duas vezes acima da velocidade pelos Carabineiros do Chile, aqui os radares portáteis funcionam perfeitamente à noite. A policia é muito educada, nos deu um bom sermão e entendeu que as estradas são perfeitas, com retas intermináveis é quase impossível andar dentro do limite de velocidade.
Aqui as temperaturas variam muito, chegando próximo dos 40 graus durante o dia e 10 a noite. Também é o deserto mais seco que já viajei em toda minha vida, muito difícil de respirar devido a altitude e umidade do ar.
O lugar é paradisíaco, desertos de sal, ruínas de antigas civilizações, vulcões, piscinas de águas termais vulcânicas, gêiseres, piscinas de águas flutuantes e muita hospitalidade e educação do povo local.
Estamos em nosso ultimo dia aqui no deserto, o Caverão está sentindo bastante o Off – Road de todo dia, são muitos os terrenos e dificuldades, todo mundo anda direto na 4x4 e nos estamos vencendo todos os obstáculos na 4x2 da nossa valente S-10. 

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17 de janeiro de 2011

8ª Etapa Expedição América do sul

Voltamos a respirar normalmente! Estamos no nível do mar. Chegamos a Pichilemu (Chile), uma das melhores e maiores ondas do mundo. Para não fugir à regra as ondas estão quebrando entre 4 a 6 metros, um sonho para qualquer amante da natureza e de ondas grandes.
Aqui é tudo muito simples, um verdadeiro “pueblo” que vive dos turistas, surfistas e veranistas de Santiago.
Além de ondas grandes e perfeitas o lugar tem muita cultura, todas as noites o povo vai para as ruas passear nas milhares lojinhas típicas da região, assistir os shows de dança nas calcadas e jantar os pratos típicos fartos de pescado, mariscos, algas marinhas e muito vinho, é claro.
O clima aqui no verão é bastante agradável, as noites, manhãs e a tarde chegam próximo dos 10 graus e durante o dia 20 a 25.
Estamos na casa de um dos moradores de Pichilemu, viramos atração da pequena cidade, por onde passamos as pessoas abanam, perguntam sobre nossa viagem e pedem para ficarmos nas casas delas em uma próxima vez, muito engraçado e emocionante ver pessoas puras ainda neste mundo.
Aqui quase todos alugam suas cabanas e casas durante o verão, pois é a principal renda da cidade, outros vivem da pesca, agricultura, extração de sal ou dos pequenos comércios.
As ondas se foram e junto com elas nos dois, optamos por seguir viagem por uma estrada que sobe o país costeando o mar, em alguns momentos pegamos terra, outros ripio e boa parte de asfalto que foi inaugurado em maio de 2010.
Assim que chegamos em Viña Del Mar tomamos um enorme susto, uma mega cidade, muito parecida com o Rio de Janeiro na questão estrutura e nas estradas que seguem costeando o mar. O lugar é lindo! Tem vida própria e não deixa devendo nada para Santiago.
Nosso próximo destino e Arica e Atacama ainda no Chile, depois seguimos para o Peru.





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