4 de julho de 2010

Estudo conclui que perder peso ajuda a melhorar a memória

Trabalho foi realizado durante seis meses com idosos obesos.

Além dos benefícios já conhecidos, perder peso também ajuda a melhorar a memória. É o que sugere um estudo realizado pelo serviço de geriatria do Hospital das Clínicas de São Paulo. Foram avaliados 22 idosos com idade média de 65 anos e com índice de massa corporal maior do que 30 - que já indica obesidade.

No início da pesquisa, eles realizaram testes específicos para avaliar diferentes domínios da memória, como uso das palavras, capacidade de seguir orientações para realizar tarefas e memória de curta duração (como lembrar-se de palavras e figuras vistas pouco tempo antes).

Durante seis meses, esses idosos tiveram acompanhamento nutricional e realizaram atividades físicas. Depois desse período, repetiram os testes de memória.

Aqueles que perderam mais peso (ao menos 5% do inicial) apresentaram melhoras mais significativas no resultado das provas.

A perda de massa gorda pode reduzir a resistência à insulina, quadro frequentemente associado à obesidade que leva ao diabetes.

"A resistência à insulina também pode atingir os neurônios. Sabe-se que esse hormônio é um facilitador do funcionamento das células cerebrais", explica o neurologista Ricardo Nitrini, da Faculdade de Medicina da USP.

Para a geriatra Nídia Horie, uma das pesquisadoras, outra explicação é a redução da resistência à ação da leptina que ocorre com a perda de peso. Obesos apresentam resistência a esse hormônio com frequência.

"A leptina, além de ajudar a regular o apetite, facilita processos no cérebro relacionados à memória e à aprendizagem", afirma Horie.

Da Folha de S. Paulo

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